Em conversa com o Julio Feijó, da JF Promo e do site ‘Promoview’ na tarde desta segunda chegamos a algumas conclusões óbvias e circundantes ao nosso meio, o marketing promocional.
Nós, agências e profissionais promo, morremos. Meros prestadores de serviço de marketing. Fornecedores de promo e nada mais. Sem preconceitos. Talvez a constatação é que seja mais chocante. A avalanche pouco inteligente e quadrada de inúmeros departamentos de compra engessam qualaquer tentativa de ação promocional, criatividade ou desempenho. O cliente hoje compra de tudo, de prego a filme em HD, por conta própria, isso aproximou muito fornecedores de marketing de compradores de marketing. A diferença é saber comprar marketing COM conteúdo e saber valorar projetos, ideias e planejamento e comprar para cumprir metas, vale SEMPRE o mais baixo. Piorou para agencias promo independentes, as quais lutam para sobreviver diante dessa nova realidade. A mediocridade de certas agências agregou muito na conta: estapafurdice barata de gente frustrada, insanidade marketeira lançada em planilhas que na realidade são apenas números (MENORES) para ser aprovadas. Invariavelmente o barato sai caro. E por outro lado um charuto, muitas vezes, é só um charuto: customizar toda e qualquer tipo de ação inviabiliza a dinâmica. Padronização com customização, sem estandartização! Difícilllll.
O aumento estupendo da burocracia e ‘ espetacular’ amarração da compra de ideias ou da operacão promo dentro de ‘processos’ transformou o que deveria ser dinâmico e ousado
Mas essas palavrinhas e palavrões não são um desabafo. Promo ainda é paixão, emoção e ação. Me desculpem os veículos de comunicação tradicionais, mas nesse mundo tudo se entrelaça: a ciência do fazer ainda é o promocional. A de comunicar está na publicidade, o vender em, todo o processo e no conceito dessas artes todas. Costumava dizer que promo é a comunicação em ação. reafirmo.
Promo não existe! Nem o ponto de exclamacão! Somos reles e serviçais braços de fornecimento do outrora chamado “marketing promocional”. Falecemos. Fomos fustigados pela mediocridade. E isso que nascemos e abrimos fronteiras abissais para o desenvolvimento dos profissionais de comunicação. E olha que somos profissionais de comunicação também. Quem ensinará os (novos) publicitários e profissionais (?) de comunicação das empresas chamadas anunciantes o que é promo? Sem problemas, tudo se confunde. Menos cu com bunda. Tenha escrúpulos, diria vovó Isaura.
Quero ver quem vai ensinar promo na ESPM! Ou quiçá - como diria Caetano e outros baianos - quem fará a promo acontecer? Ninguém. Como fornecedores de marketing, nessa catarse involuntária que nossa identidade sofreu, sabemos que não há voltas, apenas evolução. Ou involução. Fomos apaixonados e fizemos e acontecemos. Mas nada pára. O freio serve também para acelerar, portanto enfia o pé no pedal do meio.
Mário Nicolau é diretor da Refinaria, de Curitiba e da PromoOnline
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